quinta-feira, 22 de outubro de 2015

2º Passo: Cirurgia Bariátrica, na visão de quem acompanhou

Oi, Gente... Tudo bem com vocês?!
Hoje vim dar continuidade no post sobre a experiência que tive, como acompanhante, na cirurgia bariátrica do meu marido.
Quem quiser ver o primeiro vídeo e o primeiro post, vou deixar o link abaixo...ou podem procurar na lateral direita do blog.

Bem... Meu marido deu entrada no hospital Santa Rita, aqui em SP, por volta das 6:30hs e cirurgia estava agendada para as 9:30h. Nos dias que antecederam a cirurgia ele precisou fazer uma dieta líquida, já iniciando o preparo para a operação. 12hs antes ele ficou em jejum absoluto, nem mesmo ingerir água podia.
Antes de sair de casa tiramos uma foto dele na balança para comprovar o peso inicial e também a redução dos 5% que o Dr.Alexandre Elias havia recomendado:

124.6kg era o peso no dia do procedimento.
O nosso convênio autorizou a cirurgia no Hospital Santa Rita por ser um dos hospitais de SP que recebem pacientes com obesidade mórbida, ou seja, pacientes grandes e pesados que necessitam de um centro cirúrgico maior é com macas mais estruturadas. No caso do meu marido, ele até poderia ter feito em outro hospital, mas como o instituto atende lá....fomos pra lá!
É uma questão curiosa que eu não sabia...quis dividir com vocês. Este hospital recebe muitos pacientes obesos, não só para a gastroplastia como também demais procedimentos mas que necessite deste centro cirúrgico mais estruturado, devido ao peso da pessoa. Este hospital está localizado na Vila Mariana.

Bom...a cirurgia estava agendada para as 9:30h, mas o médico antecipou e logo meu marido já início o preparo para a hora H...rs... Eu estava tensa.
Para minha surpresa o procedimento durou em torno de 40m, 1h.... Fiquei muito surpresa mesmo, pois eu imaginava que algo tão radical e profundo fosse demorar horas a fio. No entanto às 9:30 ao invés de começar a cirurgia, o médico já estava lá fora conversando comigo e explicando os cuidados pós operatórios.
Ele explicou que assim que meu marido chegasse ao quarto, após o repouso e retorno da anestesia; ele já deveria iniciar pequenas caminhadas nos corredores do hospital, explicou que quanto mais ele se movimentasse, melhor seria para recuperação é bem estar dele. Outra surpresa, né?! Porque a gente tem aquela visão que que alguém que acabou de ser operado precisa mais é ficar quietinho deitado. Que nada, simbora caminhar!
Quando foi em torno das 12:30h ele chegou ao quarto e veio muito aflito... Sentia desconforto e gases na região entre o tórax e a "boca do estômago". Estes gases são devido ao oxigênio que é introduzido no paciente durante a videolaparoscopia, e este é um dos motivos pela qual o paciente precisa andar, para que estes gases se dissipem e passe este desconforto.
E olha que o desconforto era enorme, ele reclamou muito, pedia luftal aos enfermeiros, mas naquele dia não era possível ingerir nada e, segundo os funcionário de lá, os luftal só existe via oral. Então, não teve outro jeito a não ser ter paciência, caminhar e esperar passar. No dia seguinte ele já estava bem.
Outra coisa ruim foi o enjôo pelo retorno da anestesia. Ele vomitou muito, mas na verdade não tinha absolutamente nada para colocar pra fora, então só fazia força e mais força, e isso me deixou muito tensa e preocupada, tinha medo de causar algum dano na cirurgia, abrir pontos ou soltar grampos. Foi ministrado plasil na veia, junto com o soro, mas mesmo assim só na madrugada que ele foi sentindo alívio e conseguimos dormir um pouco. Cansativo!

Antes da cirurgia, lá no Instituto Garrido, foi pedido que pagássemos uma taxa no valor de R$170,00 para aquisição da meia anti-trombo e também do Respiron. Independente do meu marido já ter tido trombose, qualquer paciente tem que usar as meias de compressão...ele já sai do centro cirúrgico usando as meias. Por isso pagamos na clínica, pois assim não corre o risco do paciente esquecer, achar que não precisa ou ainda adquirir produto errado. Então você paga e eles já mandam o kit direto para o hospital.
Essa meia é recomendada que use por cerca de 20 a 30 dias após o procedimento, como uma margem de segurança para que não forme nenhum trombo e, muito menos, evolua para algo mais grave como embolia pulmonar.

Estas são as meias que o paciente usa, assim com os dedinhos à vista.
Fora isso, durante toda permanência hospitalar, o paciente precisa usar um aparelho que simula movimento e aumenta o fluxo sanguíneo nas pernas, também como precaução da trombose. Este aparelho é uma espécie de bota que fica ligada numa máquina que solta ar...ela infla e desinfla essa "bota" que, por sua vez, comprime e descomprime a perna do paciente, aumentando o fluxo sanguíneo. Completamente indolor, super tranquilo.

Nesta imagem (só achei essa...rs) a pessoa tem uma parte na coxa também, mas no caso do meu marido, ele usou apenas na panturrilha. Aí, enquanto ele estivesse em repouso, ligávamos o aparelho, quando ele ia levantar, tirava a "bota".
Também teve sessões com a fisioterapeuta para fazer exercícios com o Respiron. Ele precisava sugar a cânula do aparelho, desse modo o diafragma, que foi comprimido na cirurgia, vai voltando ao normal, sem nenhum dano ou complicação respiratória. Esses exercícios ele precisou fazer também em casa por mais uns 20 dias.
No dia seguinte foi liberado a alimentação de passarinho filhote. Rs. Somente líquidos e caldos extremamente ralos. Dose mínimas ingeridas por vez, para evitar engasgos, enjôos e gases. Ele aceitou bem e não teve nenhum problema.
Mas, na primeira vez que ele evacuou, outra surpresa: presença de sangue nas fezes! Foi completamente assustador. A enfermeira chamou o médico e fomos atendidos pelo Dr. Thiago, assistente do Dr.Elias.
Ele nos explicou que hoje em dia esse procedimento está mais evoluído e moderno e, na maioria dos pacientes e, principalmente no método baypass, não há a necessidade do uso de dreno... Aquele saquinho chato que fica pendurado na barriga do paciente, onde é depositado pelo corpo toda sujeira da cirurgia. Isso é ótimo, pois facilita a recuperação, mas e os líquidos e o sangue residual da cirurgia vai pra onde? Tem que sair por algum lugar....fezes, urina, vômito. Por isso o sangramento nas fezes dele. #medo::
Mesmo assim ele solicitou exames de sangue para ter certeza que era mesmo residual, caso desse qualquer alteração ele seria encaminhado para demais exames. Mas, graças a Deus, era mesmo resíduos e tudo correu bem. Ele só parou de evacuar sangue na terça-feira após a cirurgia, ou seja, 4dias depois. 
No sábado pela manhã ele teve alta e voltamos para nosso lar doce lar. Daí daríamos início à terceira etapa, mas isso é assunto para o outro vídeo e o outro post. 
Recomendações dadas antes de voltar pra casa:
- nenhum tipo de alimento sólido, exceto o remédio receitado (pantozol)
- sem pegar peso
- sem dirigir por 15 dias
- repouso por 15 dias (licença do trabalho)
- caminhadas a vontade
- sem relações sexuais por 15 dias
- usar meias anti-trombo
- exercícios 3x ao dia com Respiron

Foi tudo tranquilo, na medida do possível e voltamos para casa dentro do esperado pelo médico. Ele não teve dor e conseguia seguir as recomendações direitinho.
Abaixo vou deixar uma foto do rosto dele, gordinho, antes de ir para cirurgia...em breve vocês verão as mudanças. Não deixem de assistir o vídeo onde conto tudo com mais detalhes.
O primeiro mês é o mês que mais se perde peso, sendo esperado em torno de 10 a 13% do peso total. Meu marido perdeu 14%. Uau!
E é isso gente....espero que tenham gostado e que tenha dado para entender direitinho nossa experiência. Qualquer dúvida é qualquer pergunta que tiverem, podem enviar e eu respondo pra vocês. Podem postar nos comentários ou enviar e-mail . Vou deixar os links abaixo também.
Obrigada por nos acompanharem.
Bjnhos nas bochechas e até o próximo.







2 comentários:

  1. Boa tarde seu marido tbm ficou deprimido

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  2. Adorei seu post..
    Me tranquilizou um pouco....Visto q evacuei 3 dias pós cirúrgia e as fezes era preta... Fiquei preocupada....Tbm não usei dreno.

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